Em termos gerais, a metodologia em cascata é a abordagem mais antiga e direta de SDLC, em que uma fase é finalizada antes que a próxima fase comece. Cada fase tem a própria descrição e as próprias subetapas que ocorrem em “cascata” ou fluem naturalmente até a próxima fase. A equipe de desenvolvimento conclui integralmente cada fase antes de passar para a próxima.

O conceito principal dessa metodologia é que, quando uma fase é concluída, não há volta; cada fase depende do sucesso e das informações da fase anterior. Cada fase tem um plano separado, mas esse plano foi criado com base na fase anterior. Para alguns, a metodologia em cascata é muito hipotética ou ideal; esse grupo acredita que essa metodologia nunca foi criada para a execução real de projetos reais, que são complexos e dinâmicos na prática.

O modelo em cascata funciona melhor para projetos que são tão simples quanto as técnicas usadas, como softwares que não receberão feedback constante do cliente nem requisitos em constante mudança. Alguns especialistas podem até argumentar que, devido à sua inflexibilidade, a metodologia em cascata se tornou obsoleta; no entanto, a técnica em cascata serviu de base para metodologias SDLC mais novas e mais ajustáveis.

No SDLC, a metodologia lean usa os mesmos princípios das práticas de produção enxuta, que são centrados na eliminação de desperdício e no foco no todo, não nas peças. Mais especificamente, os princípios de produção que a metodologia lean adota no desenvolvimento de software incluem:

• Eliminação do desperdício
  O que é essencial? Não trabalhe em multitarefas nem incomode a equipe com documentações ou reuniões desnecessárias, nem planejamento excessivo.
• Ampliação do aprendizado
  Esteja presente em cada fase do processo e incentive a melhoria constante.
• Adiamento máximo da tomada de decisões
  Otimize seu tempo e dedique bastante reflexão e esforço a uma tarefa para garantir que o cliente esteja obtendo o melhor valor.
• Entrega de resultados o mais rápido possível
  Reduzir desperdícios de tempo e energia para lançar produtos ou atualizações mais rapidamente é fundamental.
• Capacitação da equipe e construção de integridade
  Eliminar o desperdício também significa eliminar a microgestão e confiar nas equipes para se comunicarem e se comprometerem com o trabalho.
• Foco no panorama geral
  Os detalhes são importantes, mas não ao custo do progresso nem da realização de metas.

A metodologia lean faz a pergunta: podemos fazer mais com menos? O objetivo aqui é aumentar a velocidade de desenvolvimento de produtos e, ao mesmo tempo, reduzir o custo (evidentemente, sem perder o calibre do produto). Essa metodologia busca otimizar esforços e recursos para agregar mais valor para o cliente por meio de melhoria contínua e respeito.

Embora a abordagem em cascata tenha sido a primeira, a metodologia ágil é a preferida dos desenvolvedores em todo o setor. Ela se baseia nas práticas em cascata, ao mesmo tempo em que ajuda as equipes a serem mais flexíveis e dinâmicas. Como a metodologia ágil é mais adaptável, ela também dá lugar à inovação, produção de alta qualidade e projetos de desenvolvimento complexos.

Um dos princípios fundamentais da abordagem ágil é adotar o aprendizado rápido após as falhas para alcançar um resultado melhor. Para isso, essa metodologia usa ciclos de lançamento contínuos em que cada iteração tem pequenas mudanças incrementais em relação à anterior. Isso é feito para testar completamente o produto e fazer ajustes contínuos a fim de identificar pequenos problemas em um projeto e evitar problemas grandes e dispendiosos. As partes interessadas também devem ser mantidas informadas durante esses ciclos.

Uma desvantagem da estrutura ágil é quanto tempo pode levar o “aperfeiçoamento” do seu produto ou recurso – quando o trabalho finalmente estará concluído? Uma extensão da metodologia ágil são as práticas “ágeis escaladas”, que ajudam as equipes a se concentrarem na criação mais rápida de produtos de alta qualidade. Algumas dessas práticas incluem os seguintes submétodos:

Programação extrema

A XP (Extreme Programming, programação extrema) é usada para criar um código flexível, mas de alto padrão, bem testado e bem escrito. Isso é feito com métodos como programação de pares, testes funcionais e de unidade e comunicação contínua. Os principais valores da programação extrema são:

• Comunicação
• Simplicidade
• Feedback
• Respeito
• Coragem

Kanban

Essa estrutura se concentra na gestão de tempo e na programação, que são compatíveis com a metodologia ágil. “Kanban” significa “placa” em japonês, e o princípio básico aqui é rastrear e dar suporte ao processo de produção com cartões visuais, descrevendo as etapas necessárias e os prazos usando esses cartões. Essa técnica de programação aborda fluxo contínuo e tempo de ciclo, movendo tarefas de fases como Tarefa a realizar, Em andamento, Em revisão e Concluída.

Scrum

Scrum é outra estrutura ágil e simples que ajuda na gestão de tempo, mas também se concentra na colaboração entre funções e equipes para promover entregas frequentes durante a produção. O conceito principal da abordagem scrum é o ciclo de sprint, que tem tudo a ver com velocidade. As etapas/colaborações do desenvolvimento baseado em scrum incluem:

• Planejamento de reuniões em que as equipes identificam prioridades de sprint
• Reuniões de compromisso nas quais a equipe revisa os requisitos e os recursos necessários para o próximo sprint
• Reuniões rápidas diárias, que são sincronizações curtas em que a equipe alinha cargas de trabalho diárias, possíveis obstáculos etc.
• Reuniões de demonstração em que, após o sprint, a equipe discute a nova funcionalidade que foi implementada
• Reuniões retrospectivas, também pós-sprint, quando a equipe reflete sobre as lições aprendidas, o que funcionou e o que falhou etc.

Quando se trata do modelo iterativo, o desenvolvimento de software é centrado na repetição. Em vez de usar uma descrição completa e detalhada de todos os requisitos, as equipes de desenvolvimento testam um conjunto de requisitos de software e pulam para a fase de teste para avaliar e identificar todas as necessidades desse projeto. A criação de um software peça a peça, dessa forma, mantém o projeto refinado e polido até que o sistema esteja completamente desenvolvido e pronto para o lançamento.

Essas iterações são criadas rapidamente e de forma barata, o que torna esse método sustentável. Um dos aspectos mais importantes a serem considerados no caso das metodologias iterativas de SDLC é o acompanhamento cuidadoso dos recursos, para que seu tempo, dinheiro e energia não sejam desperdiçados. Devido à rapidez com que esses testes ocorrem, não é incomum que as equipes tenham várias fases em execução simultaneamente.

O DevOps é uma das mais novas metodologias de SDLC, que é influenciada pelos métodos ágeis e lean, ao mesmo tempo em que maximiza o sucesso do projeto de software graças à maior colaboração entre as equipes de desenvolvimento e operações. Como essas duas equipes trabalham tão estreitamente juntas (ou, às vezes, formam uma única equipe), as práticas de DevOps incluem maior disciplina, feedback constante, melhoria de processos e automação.

Idealmente, essa metodologia deixa de lado as mentalidades tradicionais para atender às demandas de alta velocidade e ritmos de produção, usando processos inovadores de gestão de tecnologia e infraestrutura. O objetivo é economizar tempo e impulsionar a comunicação para que todos compreendam os obstáculos e as prioridades do projeto, de modo que nem o desenvolvimento nem as operações atrapalhem uns aos outros.

Em seguida, temos a metodologia espiral, que tem tudo a ver com flexibilidade e personalização. Assim como o modelo iterativo, as técnicas espirais usam a repetição para solidificar os objetivos do projeto. Para isso, as equipes passam por quatro fases repetidamente até que o projeto seja considerado concluído: planejamento, gestão de riscos, engenharia e avaliação. Isso permite que os desenvolvedores encontrem problemas rapidamente e refinem o produto até que estejam satisfeitos com o resultado. A abordagem em espiral argumenta que não existe uma abordagem única para o SDLC, e cada projeto deve ser personalizado de acordo com suas necessidades.

Finalmente, temos o modelo em V, que é uma extensão da metodologia em cascata com um toque moderno. Essa técnica tem tudo a ver com testes; nela, os testes são realizados em cada fase do processo de desenvolvimento. Ela é chamada de “modelo V” porque usa dois conceitos: validação e verificação.

Nas fases de validação, as equipes criam os requisitos e o design geral do projeto. Cada uma dessas fases de validação está correlacionada a uma fase de verificação, que conduz testes e práticas de aceitação do usuário. Assim como o modelo em cascata, cada fase começa somente após a conclusão da fase anterior. Isso é mais útil quando há muitos requisitos desconhecidos, embora a estrutura linear também possa ser limitante.

Essas metodologias de SDLC estão na essência do sucesso de uma equipe de desenvolvimento. Esses processos reproduzíveis ajudam a reduzir os gastos, desenvolver produtos mais rapidamente e lançar softwares avançados. Métodos como as abordagens ágil ou lean são cada vez mais populares em espaços de SDLC, mas a adaptabilidade deles pode sobrecarregar as equipes de desenvolvimento.

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