A governança de TI descreve os processos, as estratégias e as ferramentas empregadas pelas organizações para garantir o uso eficaz da TI na concretização de objetivos e minimização de riscos.
A tecnologia da informação revolucionou a forma como o mundo realiza negócios. Avanços na comunicação, acessibilidade, automação, análise de dados, computação em nuvem e muito mais criaram um universo de possibilidades tecnológicas quase que ilimitadas. Hoje, até mesmo a menor das organizações conta com o poder da computação, algo impossível de se pensar, mesmo há menos de uma década. No entanto, ao longo de cada inovação digital, é importante lembrar que a TI é apenas um meio para um fim. Se a tecnologia falha em ajudar as empresas a atingir os objetivos, então não passa de uma mera distração.
A governança de TI leva a sério essa verdade. Como parte inicial do trinômio governança, risco e conformidade (GRC), a governança de TI define os fundamentos (políticas, procedimentos e estruturas; por exemplo, COBIT) e pode ser acompanhada de testes de conformidade e acesso a riscos. Se aplicada corretamente, a governança de TI capacita as organizações a gerenciar as tecnologias essenciais com um propósito definido, garantindo que todas as plataformas, ferramentas, estratégias, iniciativas, atividades e recursos relevantes de TI estejam devidamente alinhados e a serviço dos objetivos comuns.
A governança de TI é parte essencial do GRC e, portanto, desempenha um papel vital em organizações dos setores público e privado. A governança alinha as funções da TI às estratégias e objetivos comerciais e transforma os programas de governança de TI em algo valioso a se considerar em qualquer setor para o qual é exigido o cumprimento de regulamentos financeiros e/ou tecnológicos.
A governança de TI estabelece uma conexão direta entre tecnologias e valor comercial e, dessa forma, embute diversos benefícios evidentes:
Ao alinhar a TI a estratégias e metas mais amplas, a governança de TI fornece uma série de métricas quantificáveis pelas quais os tomadores de decisões podem avaliar e demonstrar com precisão o valor da TI.
Às vezes, funcionários não pertencentes à área de TI sentem dificuldades em compreender a função ou a vantagem de determinadas tecnologias de negócios. Uma estrutura de governança de TI óbvia e transparente estabelece claramente o propósito exato das soluções de TI no contexto das metas comerciais, proporcionando às partes interessadas maior confiança nos serviços de tecnologia da organização.
Sem a implementação adequada da governança de TI, pouco se pode fazer para impedir o uso indevido, ilegal ou mesmo arriscado da TI. A governança de TI oferece uma visão clara de todas as tecnologias de informação da empresa de modo que os problemas de não conformidade possam ser facilmente identificados e corrigidos.
Serviços de TI desalinhados resultam naturalmente em má identificação de dados, controles de segurança ineficazes, comunicação inadequada e alocação de recursos abaixo do padrão. Se implementada corretamente, a governança de TI oferece a solução certa para cada um desses problemas; assim, as empresas poderão reduzir custos e melhorar o retorno sobre seus investimentos em TI.
Como afirmado anteriormente, o objetivo básico da governança de TI é alinhar com precisão as soluções de TI aos objetivos de negócios. Mais especificamente, o objetivo da governança de TI é alcançar os seguintes objetivos:
Esse objetivo é extremamente complexo. Afinal, há vários tipos de partes interessadas na maioria das organizações, tanto interna quanto externamente, e cada uma pode ter seus próprios interesses e ideias sobre o significado da palavra “valor”. A governança de TI leva em conta os interesses conflitantes das partes interessadas e, sendo assim, estabelece sinergia entre várias tarefas e garante a entrega de valor em todos os níveis.
A governança de TI fornece as informações, a transparência e os dados mensuráveis de que as empresas precisam para conectar claramente a TI ao valor comercial. Usando essas informações, as empresas podem criar estratégias eficazes para maximizar o valor. A governança de TI ajuda as organizações a refinar a visão das atividades de TI ao estabelecer uma linguagem comum para se comunicar nos níveis mais altos (e com a diretoria) e estabelecer uma direção clara para o crescimento futuro.
Uma estrutura de TI totalmente verificada ajuda a eliminar os riscos associados a shadow IT, cria uma estrutura para uma visão precisa e em tempo real dos riscos e garante que todos os sistemas sejam empregados de maneira correta e estejam atualizados em termos de segurança. No entanto, o conceito também vai além dos riscos associados ao roubo de dados. A governança de TI também leva em consideração os diferentes interesses das diversas partes interessadas ao oferecer soluções claras, quando esses interesses entram em conflito, e ajudar a reduzir os riscos de diferentes departamentos que trabalham em finalidades múltiplas.
Como uma organização pode determinar se seus ativos de TI estão funcionando corretamente e fornecendo valor? A única maneira de saber com certeza é medindo os resultados. Com o uso dos principais indicadores de desempenho e de métricas integradas à estrutura de governança de TI, os tomadores de decisão podem avaliar com precisão o desempenho de todos os recursos de TI relevantes.
Embora esses termos sejam algumas vezes usados de forma alternada, governança de TI e gestão de TI não são a mesma coisa.
A governança de TI fornece uma estrutura clara para desenvolvimento de estratégias, estabelecimento de roadmaps, alinhamento da TI com as prioridades de negócios e redução dos riscos e dos problemas de conformidade. Em essência, a governança de TI determina o plano de ação a ser seguido pela organização.
A gestão de TI não tem grande envolvimento com o planejamento ou a estratégia, pois está mais voltado às atividades diárias associadas a implementações e processos de TI e à garantia de que a gestão contínua da TI será tratada de maneira eficaz e legal. A gestão de TI transforma o direcionamento estratégico em ações estratégicas ao impulsionar os negócios rumo à consecução dos objetivos.
A governança de TI oferece benefícios tangíveis para organizações de todos os portes nos setores público e privado e, basicamente, em todos os setores. Dito isso, o tempo e o esforço necessários para desenvolver e implementar uma solução abrangente de governança de TI podem ser inacessíveis a empresas menores. Em vez disso, as pequenas organizações podem optar por estabelecer soluções de governança de TI simplificadas, em vez de investir em algo que vá muito além das próprias necessidades. Por outro lado, organizações maiores munidas dos recursos para trabalhar em estruturas completas de governança de TI são incentivadas a fazê-lo. Da mesma forma, qualquer organização que opere dentro de setores altamente regulamentados deve considerar a governança de TI para ajudar a reduzir os riscos de conformidade e responsabilidade.
A implementação de um programa de governança de TI começa com a escolha da estrutura. As estruturas de governança de TI são criadas por especialistas do setor e geralmente incluem guias e tutoriais imprescindíveis para ajudar as empresas a fazer uma transição tranquila para a governança de TI. Algumas das estruturas de governança de TI mais populares incluem o seguinte:
Originalmente projetado como estrutura de auditoria de TI, o COBIT expandiu-se para abranger a governança de TI por completo, com foco especial na mitigação e na gestão de riscos.
Para as organizações mais interessadas em melhorar o desempenho da TI, a estrutura IMMH pode ser a solução ideal. O IMMH usa uma escala numérica (1 a 5) para avaliar o desempenho, a lucratividade e a qualidade da TI de uma empresa.
Menos especificamente adequado à TI do que algumas das outras estruturas, o COSO é, apesar disso, uma solução eficaz de governança de TI para organizações preocupadas em concentrar a maior parte da atenção na detenção de fraudes, na gestão de riscos de riscos para empresas e em outros aspectos dos negócios.
O FAIR é uma estrutura de governança de TI mais recente, projetada para abordar mais diretamente os fatores de risco operacional e a segurança cibernética. Embora mais recente do que várias outras, essa estrutura já obteve uma adesão substancial.
Talvez a mais equilibrada das estruturas, o ITIL combina a gestão de TI com a governança de TI para ajudar a garantir que todos os serviços relevantes de TI estejam alinhados aos processos principais da empresa.
A estrutura NIST existe especificamente para ajudar a gerenciar e reduzir os riscos de segurança da infraestrutura de TI e inclui padrões e diretrizes para prevenir, identificar e reagir a ataques virtuais.
A ISO 27001 estabelece padrões de segurança da informação que foram acordados internacionalmente por especialistas de TI. A ISO ajuda as organizações a otimizar os controles de segurança cibernética existentes em sistemas completos de gestão de segurança da informação (ISMS).
Considerado uma estrutura especializada que se concentra em controles operacionais técnicos e de segurança, o CIS analisa os riscos e a gestão de riscos visando a redução dos riscos ao intensificar a resiliência nas infraestruturas de TI.
Com tantas opções diferentes para escolher, as empresas podem ter dificuldades em decidir qual estrutura de governança de TI usar. A boa notícia é que, quando devidamente implementada, qualquer uma das estruturas mencionadas acima pode ser uma solução adequada para quase todas as empresas. Por outro lado, algumas estruturas estão mais diretamente concentradas em tarefas, departamentos ou objetivos específicos e podem ser mais ou menos adequadas a algumas organizações. Ao escolher entre as estruturas disponíveis, avalie o seguinte:
Que objetivos de negócios estão impulsionando a busca por uma estrutura de governança de TI? Como abordado acima, diferentes estruturas oferecem diferentes vantagens. Pesquisar as estruturas disponíveis com foco nas necessidades da empresa pode ajudar a restringir a lista de candidatos em potencial.
A cultura da organização também deve desempenhar um papel na decisão sobre qual estrutura escolher. Lembre-se de que é sempre mais fácil mudar uma abordagem à governança de TI do que remodelar toda a forma como uma organização opera e interage. Portanto, encontrar uma estrutura que sintonize com a cultura corporativa e tenha boa repercussão entre as partes interessadas deve ser a prioridade.
Se nenhuma estrutura se apresentar como a solução ideal, combinar duas (ou talvez mais) estruturas pode ser a resposta. Certas estruturas, como ITIL e COBIT, se complementam extremamente bem.
Empresas modernas de todos os tipos dependem grandemente de sistemas, ferramentas e recursos de TI, mas aproveitar ao máximo a TI e garantir que todos os ativos estejam totalmente alinhados aos objetivos comuns pode ser complicado. A ServiceNow, líder em soluções de gestão de TI, oferece a resposta: o ServiceNow Governance, Risk, and Compliance (GRC).
Criado a partir da Now Platform®, o ServiceNow GRC reúne ativos de TI para ajudar as empresas a gerenciar riscos e resiliência em tempo real. Desfrute da total transparência de todos os dados relevantes de TI, representados visualmente em painéis fáceis de usar e acessíveis por meio de portais de bate-papo, móveis e online. Empregue monitoramento contínuo e atualizado para acompanhar a conformidade e os status dos fornecedores. Fale com líderes, tomadores de decisão e partes interessadas em toda a organização. Independentemente da situação, empregue automação avançada para impulsionar a produtividade, reduzir os erros e aumentar o valor da TI em toda a empresa.
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