Gestão de riscos é a identificação e a priorização de eventos e problemas imprevistos, com base no impacto para a empresa, seguidas por atividades destinadas a mitigar e controlar resultados negativos que podem gerar danos inaceitáveis à lucratividade, à reputação ou ao sucesso da empresa. Ferramentas, processos e estratégias são implementados ou desenvolvidos para dar suporte a essas atividades.
Nós vivemos em um momento extremamente volátil, quando até mesmo grandes empresas estabelecidas estão reavaliando seus futuros. Com o surgimento da pandemia de COVID-19 e seu impacto contínuo nos mercados mundiais, as empresas estão enfrentando riscos elevados, juntamente com a perspectiva de interrupções contínuas em um futuro incerto.
Para gerenciar o impacto dessas ameaças e incertezas, as empresas bem-sucedidas estão demonstrando um interesse renovado em otimizar e aprimorar sua abordagem de gestão de riscos. Isso significa redirecionar as estratégias tradicionais para deixar de simplesmente reagir e passar a identificar e se preparar proativamente para possíveis riscos muito antes que eles surjam. Com a abordagem certa de gestão de riscos, as empresas de pequeno e grande porte podem reduzir não apenas o possível impacto negativo de riscos específicos, mas também a probabilidade de esses riscos ocorrerem em primeiro lugar.
De algumas maneiras, a gestão de riscos é semelhante aos recursos de segurança de um automóvel. Como os faróis de um carro, ela permite que as empresas vejam quaisquer obstruções ou condições perigosas antes de chegarem até elas. Assim como os freios e a direção de um carro, ela oferece a capacidade de corrigir o curso das organizações que, de outra forma, poderiam se encontrar em cenários desfavoráveis. E, assim como os cintos de segurança e os airbags, ela oferece camadas extras de proteção diante de situações inevitáveis.
Em outras palavras, a gestão de riscos existe para garantir que a empresa continue existindo. Neste artigo, nós analisamos mais detalhadamente alguns dos principais fatores que tornam a gestão de riscos uma preocupação tão vital para empresas de todos os portes:
A gestão eficaz de riscos não se preocupa apenas com grandes ameaças existenciais; ela também aborda riscos mais pessoais para funcionários e clientes. Por exemplo, permitir que as organizações identifiquem problemas de saúde e segurança antes que eles afetem os funcionários. Empregada corretamente, a gestão de riscos ajuda as organizações a estabelecer um ambiente seguro para todos os envolvidos de alguma forma com ela.
Dois objetivos importantes da gestão de riscos são identificar possíveis eventos indesejáveis e estabelecer processos e procedimentos para minimizar o impacto sobre a empresa. À medida que os riscos vão sendo ativamente rastreados e gerenciados, as equipes podem se concentrar nos resultados essenciais, sem ter que se preocupar em ser prejudicadas por interrupções inesperadas ou outros eventos emergentes. Ao mesmo tempo, a gestão de riscos destaca claramente as áreas de desafio dentro dos projetos, permitindo que as equipes resolvam esses problemas rapidamente em vez de colocá-los de lado para lidar com outras preocupações rotineiras.
Corretamente aplicada, a gestão de riscos pode ajudar as organizações a evitar situações legalmente desfavoráveis. Ao gerenciar os riscos e estar preparadas ou prevenidas para situações perigosas, as empresas podem operar sem o perigo de serem responsabilizadas por danos que podem resultar de alguma forma desses riscos.
A gestão de riscos não é um trabalho de adivinhação. Trata-se de uma análise com uso intenso de dados das probabilidades para criar uma previsão precisa de possíveis eventos futuros. Dessa forma, ela permite que as empresas criem orçamentos de contingência altamente confiáveis.
Quando tudo está funcionando sem problemas, é fácil se esquecer de todos os fatores importantes que mantêm as operações em andamento. A gestão de riscos força as organizações a manter a consistência em seus processos, usando avaliações e testes de controle para identificar riscos operacionais. Com isso, elas têm tempo para resolver problemas e executar planos antes que os riscos afetem a estabilidade da empresa ou gerem uma crise.
Quando uma organização realiza um monitoramento proativo para lidar com os riscos e reagir a eles quando surgem, isso não apenas melhora sua estabilidade operacional, como também a produtividade e, por fim, os resultados finais. Uma organização eficiente pode pensar de forma inovadora para se posicionar à frente da concorrência.
É difícil analisar os riscos mais de perto sem também obter uma melhor compreensão da segurança. A gestão de riscos pode ajudar a identificar ameaças à segurança que consigam contornar uma ferramenta de segurança ou para as quais uma organização talvez não esteja preparada, oferecendo um caminho claro para melhorar sua postura de segurança.
O objetivo final da gestão de riscos é bastante simples: dar aos tomadores de decisão as informações e as percepções necessárias para orientar seus negócios. A gestão de riscos oferece aos líderes acesso a dados detalhados sobre riscos para identificar áreas que precisam de melhoria ou que têm ineficiências. Assim, eles podem tomar decisões mais bem fundamentadas sobre riscos para orientar suas estratégias e permitir que a empresa seja segura e lucrativa.
Na gestão de riscos, o risco é categorizado em vários tipos distintos:
- Risco digital
- Risco de ESG
- Risco de terceiros/fornecedores
- Risco de qualidade
- Risco de continuidade de negócio
- Riscos para pessoas
- Risco ao meio ambiente, à saúde e à segurança
- Risco ético e de conformidade
- Risco legal/de privacidade
- Risco financeiro
- Risco operacional
- Riscos tecnológicos ou cibernéticos
Embora as diferentes organizações talvez precisem abordar a gestão de riscos de forma diferente, muitas optam por seguir um processo comum. Esse processo de gestão de riscos consiste em cinco etapas básicas, cada uma consistindo em uma primeira e uma segunda linha de defesa:
Primeira linha de defesa: Analisar os riscos existentes e identificar riscos emergentes oriundos de atividades de negócios ou relatar eventos de risco.
Segunda linha de defesa: Realizar uma análise de riscos independente e questionar as atividades e os resultados da primeira linha.
Primeira linha de defesa: Realizar avaliações de risco e analisar inventários de risco.
Segunda linha de defesa: Realizar uma avaliação de riscos independente e questionar as atividades e os resultados da primeira linha.
Primeira linha de defesa: Gerenciar riscos e requisitos de leis, normas e políticas.
Segunda linha de defesa: Estabelecer expectativas de controle, avaliar de forma independente e questionar a eficácia dos controles da primeira linha.
Primeira linha de defesa: Garantir o funcionamento eficaz dos controles e a correção imediata dos problemas.
Segunda linha de defesa: Supervisionar as atividades de monitoramento, autogarantia e gestão de problemas da primeira linha. Automatizar os testes de controle sempre que possível para obter informações mais realistas.
Primeira linha de defesa: Oferecer escalações oportunas e apresentar informações precisas a todas as partes interessadas relevantes.
Segunda linha de defesa: Agregar e avaliar informações de toda a empresa para apresentar informações às partes interessadas relevantes.
A identificação de riscos é um aspecto essencial da gestão de riscos. Mas, após o diagnóstico de uma possível ameaça, as organizações têm várias opções de como responder. As quatro abordagens de gestão de riscos são:
Uma estratégia de prevenção de riscos pode ser eficaz em cenários em que não é possível eliminar o risco em si completamente. Em vez disso, as organizações usam a prevenção de riscos para desviar e redirecionar o maior número possível de riscos, reduzindo a probabilidade de sofrer interrupções ou outros danos.
Na redução de riscos, as empresas fazem ajustes em determinados aspectos dos projetos atuais, seja alterando componentes do próprio projeto ou alterando o escopo dele. O objetivo é reduzir o risco em si, diminuindo possíveis perdas no processo.
Às vezes, a ameaça associada a certos riscos pode ser solucionada diluindo o risco em vários departamentos, participantes do projeto ou até mesmo fornecedores terceirizados.
Nem todos os riscos são extremos; é possível reter alguns riscos menores com o mínimo de ameaça às operações de negócios. Em muitos casos, é mais adequado e mais prático reter certos riscos menores do que aplicar recursos para mitigá-los ou eliminá-los.
Apesar de sua importância nos negócios modernos, a gestão eficaz de riscos pode ser difícil de implementar. Pense nos seguintes desafios de gestão de riscos:
A gestão de riscos deve ser um conjunto de responsabilidades em toda a empresa, mas muitos negócios ainda estão organizados em silos, o que pode dificultar a atribuição definitiva de funções relevantes na identificação, avaliação e resposta a riscos na empresa como um todo.
Muitas vezes, os sistemas legados e outros equipamentos de hardware e programas de software desatualizados podem ser incapazes de lidar de forma eficaz com riscos novos e emergentes.
Responder manualmente aos riscos é um processo demorado, contínuo e com alto potencial de erro humano. As organizações que não têm recursos de automação podem descobrir que monitorar e responder continuamente aos riscos são etapas extremamente difíceis.
Como as empresas precisam conseguir responder de forma coesa e rápida a ameaças emergentes, é essencial que elas tenham informações consistentes e confiáveis com as quais operar. Sem uma fonte única de verdade em tempo real, a gestão de riscos se torna muito menos eficaz.
A gestão de riscos, a continuidade e a resiliência de negócios andam de mãos dadas. As organizações sem recursos modernos de continuidade podem descobrir que responder aos riscos é uma tarefa difícil.
Seja por meio de transformação digital ou de ameaças cibernéticas, a quantidade e a sofisticação de novos riscos e possíveis ameaças continua avançando, assim como a tecnologia de gestão de riscos. Muitas empresas acham difícil acompanhar o ritmo do ambiente em evolução.
Assim como o número de ameaças continua aumentando, também aumenta o número de normas orientadas pelos novos padrões, como ESG, ou a necessidade de mitigar possíveis danos e a exposição de dados confidenciais. A responsabilidade por cumprir essas novas normas e por proteger dados vitais dos clientes recai sobre as equipes de risco e conformidade sobrecarregadas e com falta de pessoal.
Muitos desses desafios levam ao mesmo problema: aumento dos custos. À medida que os riscos continuam aumentando e que os padrões de conformidade evoluem para acompanhá-los, basicamente, empresas de todos os setores precisam aumentar os orçamentos para simplesmente permanecerem eficazes dentro de suas estratégias de gestão de riscos.
Embora o número de possíveis riscos que as organizações estão enfrentando continue crescendo, não há um número crescente de funcionários qualificados que a organização pode contratar para atender à necessidade. Sem equipes proficientes em risco e conformidade, é muito difícil manter a empresa segura e lucrativa.
A gestão de riscos é uma responsabilidade ampla e contínua. Para ajudar a facilitar estratégias eficazes de gestão de riscos, as organizações devem levar em conta as seguintes práticas recomendadas:
Analise sua lista de políticas e certifique-se de ter os controles de risco adequados em vigor para resolver quaisquer problemas. Certifique-se também de ter um processo em vigor para manter suas políticas atualizadas, com as aprovações adequadas. As políticas desatualizadas podem resultar em violações de conformidade e em descobertas de auditoria, que apresentam riscos significativos para a empresa. Você também deve analisar regularmente seu registro de riscos para garantir que ele esteja atualizado.
Como mencionado anteriormente, a gestão de riscos é uma responsabilidade compartilhada que alcança equipes, departamentos e níveis. Ter uma linguagem e uma taxonomia comuns que facilitem uma comunicação eficaz e aberta é absolutamente vital. A abordagem de gestão de riscos de uma organização deve envolver as partes interessadas externas e internas para garantir que todos os envolvidos estejam totalmente cientes, avaliando os riscos da mesma maneira, atualizados e capazes de apresentar informações importantes para identificar, monitorar e responder aos riscos.
Como parte do processo de planejamento, é imprescindível identificar o limite de risco das organizações. A identificação permitirá que a empresa assuma os riscos necessários para permanecer competitiva sem colocar em risco sua viabilidade. Isso deve ser acordado nos níveis mais altos da organização e simultaneamente à definição de uma linguagem e uma taxonomia comuns.
Todas as empresas são exclusivas, assim como os riscos específicos que cada uma enfrenta. Da mesma forma, a estrutura de gestão de riscos de uma empresa deve ser adaptada ao seu perfil de risco. Pense cuidadosamente em sua abordagem de gestão de riscos e nos processos que você tem em vigor. Em muitos casos, o que você estava fazendo antes não é a maneira mais eficaz de gerenciar riscos, mas certifique-se também de que qualquer solução usada de gestão de riscos possa ser configurada e não seja considerada "ideal" simplesmente porque foi eficaz para outras empresas. Melhore a eficácia identificando em que áreas os processos disponíveis na ferramenta precisam mudar para atender às suas necessidades bem pensadas e aos ambientes operacionais, e esteja disposto a responder dinamicamente para resolver problemas que não foram totalmente previstos.
A gestão de riscos não pode existir em um vácuo; ela deve ser totalmente integrada aos processos existentes de governança e planejamento e entre as muitas partes interessadas. Ao conseguir a adesão de outros departamentos e incluir a gestão de riscos em níveis estratégicos e operacionais, as empresas podem garantir que as considerações adequadas de gestão de riscos sejam abordadas com antecedência e frequência.
Dinheiro e tempo não são as únicas coisas em risco quando as empresas enfrentam riscos em evolução; a imagem da marca também pode sofrer, gerando maiores perdas em toda a empresa. A gestão de riscos também deve lidar com ameaças à reputação de uma organização. Isso significa que a equipe relevante precisará ser treinada em gestão de crises para que informações importantes possam ser rapidamente divulgadas aos clientes para mitigar danos à reputação em caso de uma situação emergente.
Embora seja importante que as organizações possam responder dinamicamente aos riscos emergentes, também é vital que os processos de gestão de riscos permaneçam os mais consistentes possíveis em toda a empresa. Isso promoverá consistência e confiabilidade e ajudará a garantir que todos os envolvidos saibam exatamente o que precisam fazer para ajudar a mitigar as ameaças.
Embora deva ser o objetivo de toda empresa criar uma estratégia abrangente de gestão de riscos, a verdade é que sempre haverá incerteza e outras limitações. Observe esses pontos fracos e preste atenção especial às áreas em que as informações disponíveis são limitadas. Com uma visão clara das lacunas da gestão de riscos, as empresas podem continuar melhorando sua abordagem à medida que mais informações são disponibilizadas.
A documentação e os certificados da apólice de seguro são prova de cobertura para determinados tipos de risco. Mantenha essa documentação corretamente arquivada e facilmente recuperável, mesmo após a expiração da cobertura em si. Muitas vezes, pode passar muito tempo entre a ocorrência de um evento prejudicial e a manifestação das perdas desse evento. Ter a documentação de seguro correta disponível ajudará a garantir a gestão correta das responsabilidades da seguradora.
Nos negócios, sempre deve haver algum risco para manter a competitividade. No entanto, com as soluções, as estratégias e os recursos certos de gestão de riscos, as organizações podem gerenciar efetivamente esse risco, ao mesmo tempo em que ajudam a garantir a resiliência e a continuidade diante de um futuro incerto. A ServiceNow, líder em gestão de TI e automação de fluxos de trabalho, está na vanguarda desse movimento.
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